Uma vontade determinada é aquela que cria raízes. Após uma meditação interior – bem feita -, é preciso criar raízes para que, do broto inicial, frágil, uma árvore cresça e aponte para o alto.
Quando, incipiente, a decisão é tomada e, assim, as raízes são postas, todo o vento que perturba aquele broto é rasante, baixo, e, por isso, é incapaz de arrancar a pequena planta, pois as raízes a seguram firme no seu caminho ao alto, ainda que perturbe o que está na superfície.
Depois, quando o tempo passa, as raízes crescem nas profundezas da terra e o broto, outrora despercebido, tímido, desenvolve um caule firme e ascende. Transforma-se em uma árvore inquebrantável, incapaz de ser atingida pelos ventos fortes. Mesmo quando ela não resiste, o que se quebra é o caule ou alguns de seus galhos. As raízes permanecem.
Assim são as raízes da vontade. Aquilo que é incipiente, fruto de uma decisão meditada, cresce e se torna imponente. O que é a nossa vida senão um terreno que deve ser fertilizado para o cultivo de árvores imponentes?